Redação GPS Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais
Exatamente às 19h, no horário de Brasília, neste domingo (28), as urnas das eleições presidenciais na Venezuela foram oficialmente fechadas. A partir desse horário, somente eleitores que já se encontravam nas filas dos centros de votação têm a oportunidade de registrar o voto.
A contagem dos votos terá início imediatamente e deverá continuar até a madrugada de segunda-feira (29), com o resultado final sendo anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela supervisão das eleições no país, assim que houver os números oficiais.
A eleição deste ano é considerada histórica e potencialmente transformadora, com a possibilidade de encerrar mais de 20 anos de regime chavista no poder, com o comando de Nicolás Maduro .
A participação popular tem sido intensa, com grandes filas e uma mobilização maciça em todo o território venezuelano. A oposição, liderada por Edmundo González, que se opõe ao governo de Maduro, é a grande favorita, até agora, segundo as pesquisas eleitorais.
O CNE, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, será responsável por divulgar o resultado oficial. No entanto, a equipe de González realizará uma contagem paralela dos votos, baseando-se nas atas impressas dos centros de votação para garantir a transparência do processo.
María Corina Machado, uma das líderes da oposição, incentivou os eleitores a acompanharem de perto a contagem dos votos.
“É hora de você ver como seu voto é contado, voto por voto”, escreveu Machado em sua conta no X (antigo Twitter).
Muitos eleitores seguiram o chamado e se reuniram nas proximidades dos centros de votação para garantir que o processo seja monitorado de forma adequada.
A eleição tem sido marcada por controvérsias, incluindo alegações de interferência no processo eleitoral, como a impossibilidade de registro de algumas candidaturas e a prisão de opositores.
Apesar de ter anteriormente ameaçado com “banho de sangue” e “guerra civil” em caso de derrota, Nicolás Maduro adotou um tom mais conciliador neste domingo, afirmando que está disposto a reconhecer o resultado popular.
Candidatos
Edmundo González, de 74 anos e ex-diplomata, foi escolhido pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) após as candidaturas de María Corina Machado e Corina Yoris serem bloqueadas. A decisão pela candidatura dele reflete a dinâmica conturbada do processo eleitoral venezuelano.
Por outro lado, o chavismo começou com Hugo Chávez, que governou a Venezuela de 1999 até sua morte em 2013, exceto por um breve período em 2003, quando enfrentou uma tentativa de golpe.
Desde então, Nicolás Maduro, seu sucessor, tem ocupado a presidência, e agora a Venezuela enfrenta um momento polarizado que pode determinar o futuro político do país vizinho.
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Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR