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Reportagem Especial: Quem São os Vereadores que Não se Reelegeram em Espigão do Oeste

As eleições de 2024 em Espigão do Oeste trouxeram surpresas e reviravoltas no cenário político local. Alguns vereadores da atual legislatura, que outrora eram campeões de votos, não conseguiram garantir suas cadeiras na Câmara Municipal. Para outros, a queda de votos e a dinâmica da nominata os afastaram do legislativo, apesar de terem mantido uma votação expressiva. O que será desses políticos após a derrota nas urnas?

Delker Nobre

A atual presidente da Câmara, Delker Nobre, manteve sua votação quase intacta em comparação às eleições de 2020. Com 571 votos, apenas 12 a mais que os 559 obtidos no pleito anterior, Delker mostrou força, mas não o suficiente para garantir sua reeleição, vítima das complexidades da nominata partidária. Servidora do Detran e advogada, Delker deve retomar suas atividades no órgão de trânsito, onde construiu uma carreira antes de ingressar na vida política. Acredita-se que sua experiência política e administrativa adquirida durante seu mandato poderá ser útil em futuras disputas eleitorais.

Sirineu Wutk

O vice-presidente da Câmara, Sirineu Wutk, também ficou fora do próximo mandato. Nas eleições de 2024, obteve 231 votos, uma queda de 31 em comparação aos 262 votos que o elegeram em 2020. Embora não tenha alcançado a reeleição, Sirineu é um mestre de obras reconhecido e deve continuar a exercer sua profissão com a mesma dedicação. Sua atuação política, no entanto, não deve ser descartada, já que ele ainda possui um grande apreço pela vida pública e poderá buscar novas oportunidades no cenário político local nos próximos anos.

Nascimento

O vereador Nascimento teve uma jornada diferente nesta eleição. Ele optou por disputar o executivo, compondo a chapa como candidato a vice-prefeito, e alcançou 5.143 votos na corrida pela majoritária. Contudo, não conseguiu ser eleito. Agente de polícia e bacharel em direito, Nascimento tem uma carreira consolidada na Polícia Civil de Rondônia, onde participou da solução de diversos crimes relevantes. Com a derrota eleitoral, Nascimento deve retornar ao seu cargo na instituição, mantendo-se ativo tanto na segurança pública quanto na política local.

Cosmo de Novaes (Cocó)

Cosmo de Novaes, mais conhecido como Cocó, foi outro a sentir o peso das urnas. Com 409 votos, teve uma queda em relação aos 556 votos de 2020. Embora não tenha garantido uma vaga na Câmara, Cocó enfrentou um cenário adverso. Ele concorreu pelo União Brasil, o mesmo partido do governador, que não conseguiu eleger nenhum vereador em Espigão do Oeste. Servidor público desde 1995, ocupando o cargo de borracheiro, Cocó deve continuar sua carreira no setor público.

Luiz Antonio

O vereador Luiz Antonio, que é o atual Presidente da Comissão de Legislação e Redação Final, também não conseguiu se reeleger. Com 393 votos, ele não conseguiu repetir o desempenho de 2020, quando obteve 633 votos. Professor efetivo do Estado, Luiz Antonio retornará à sala de aula, onde continuará contribuindo para a educação de Espigão do Oeste. Seu conhecimento legislativo e sua experiência em políticas públicas, entretanto, podem mantê-lo como uma voz ativa no cenário político, ainda que fora do cargo de vereador.

Zonga

Zonga foi um caso peculiar nesta eleição. Mesmo aumentando sua votação em 47 votos, passando de 223 em 2020 para 270 em 2024, ele foi o mais votado de sua nominata, mas isso não foi suficiente para garantir sua reeleição. Sua trajetória como vereador o posicionou como um político dedicado, mas as regras eleitorais acabaram retirando suas chances. Ainda não se sabe qual será o próximo passo de Zonga, mas sua presença no cenário local, mesmo fora do legislativo, deve continuar forte.

A não reeleição de alguns dos vereadores mais conhecidos de Espigão do Oeste evidencia não só as dinâmicas eleitorais, como também a insatisfação de parte do eleitorado com suas atuações. Contudo, muitos desses ex-parlamentares possuem carreiras sólidas fora da política, e não se afastarão das suas funções profissionais de origem. Resta saber se o tempo fora do legislativo será suficiente para que planejem um retorno em 2028 ou busquem novos caminhos no serviço público e na política local.

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